quinta-feira, 1 de julho de 2010

Houve uma grande tempestade, em seguida um terrível furacão. A tempestade não foi nada ligeira, ficou por um tempo, inundou parte de tudo que havia, seus raios claros queimaram parte de muitas coisas, deixando onde tocado por ele, apenas cinza, pó! Mas, aterrorizante mesmo foi o turbilhão, este acabou com tudo, foi rápido, mas tão forte que deixou, onde existia tudo, um grande vazio, a ausência de coisa qualquer. Seus ventos percorreram toda parte, toda fresta, sendo ela preenchida ou vaga, ele veio despercebido, fez surpresa e acabou com toda beleza, toda existência... ele tragou, devorou tudo de colorido, tudo de vivo, tudo de claro... onde esteve não sobrou nada, virou um Saara, um deserto... O tudo virou desértico!
Depois de sua passagem, o necessário era esperar, o tempo é capaz de ajudar a enxergar melhor as coisas, mesmo que não houvesse sobrado nada, o tempo fez a poeira ir baixando e, com isso, os primeiros raios de sol chegando, clareando àquela superfície novamente virgem, novamente sem nada... onde um dia havia tido tudo... tudo para ela ser eternamente bela, agora era um mar de vazio. E acredite: um mar de absolutamente nada é amedrontador.
Mas de terras distantes vieram os re-descobridores, vendo aquela terra tão boa, tão cheia de oportunidades, prontamente estavam a ajudá-la reconstruir tudo de vida que ali outrora existira. Começaram arrumando a terra, alisando o solo e planando todos os morros, todos os cortes feitos na terra pelo grande furacão... Não posso dizer maldito, tampouco bendito furacão, aquilo era para ter acontecido, por mais triste que tenha sido, talvez a nova vida naquele lugar, estava destinada a ser mais bela que antes fora, agora era a hora de planejar melhor, fazer estruturas mais firmes, plantar arvores mais enraizadas, e flores mais resistentes... ajudar a natureza colocar mais firmeza em suas cachoeiras e fazer porões de emergências mais reforçados.... afinal, nunca se sabe qndo, o, nem maldito e nem bendito, apenas furacão, pudesse retornar.
Começaram as primeiras estruturas (auto-estima), as primeiras sementes (esperança) e assim as primeiras borboletas (liberdade)... sabiam que demorariam muito para aquele lugar voltar a ser o mesmo, ou melhor, mas estavam ali, dia-a-dia, fazendo sua parte, acariciando aquela terra, antes viva, depois machucada, agora cicatrizando...

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