terça-feira, 27 de julho de 2010

Te Levo Comigo !

E eu quis escrever uma canção que pudesse te fazer sentir pra mostrar que o meu coração...ele só bate por ti!
Como uma bela melodia pra dizer o que eu não consigo explicar
Como uma bela melodia pra você ver tudo o que eu queria te falar
E dizer que é você que pode me mudar,que pode me salvar 
Eu vou te esperar aonde quer que eu vá...aonde quer que eu vá te levo comigo
Mas dessa vez eu já decidi  
Quero ver os teus olhos ao dizer tudo aquilo que eu só consegui sentir com você
E dizer que é você que pode me mudar,que pode me salvar...

♫ Restart - Levo Comigo

terça-feira, 20 de julho de 2010

Por qualquer tempo não determinado pela mecânica do relógio e tão pouco pela sistemática do dia e da noite, a gente esteve lá pelos instantes que a vida reservou para nós. Eu não quero nada de você, eu só quis aquele momento que não se dissolveu por entre a chuva que caiu, e que não voou com o vento gelado que lá fora fazia. A ponta das nossas orelhas misturava-se com os sons quase silenciosos que as nossas bocas trocavam. Lindo. Por dentro, por fora, e até quando nossos olhares estavam fechados tentando dormir, eu senti a sua beleza porque os nossos joelhos estavam se encostando e eu pude sentir a sua forma. E mesmo que a gente nunca mais viva minutos como este, valeu por cada segundo pelo qual nós nos queremos. Tem coisas na vida que possuem maior sabor quando não passam do “se”. Nem sempre concretizar desejos é torná-los mais intensos.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sempre que a saudade aparece
ela se lembra do prazer que era sentar em seu colo
a razão me recorda de outros colos
e que eles também davam prazer
e dos colos que terei.

Dai a saudade me insiste
naquele momento
irredutivel ela afirma,
que não volta mais
A razão diz que o momento
o tal momento
esse não voltará junto com você.

A saudade, teimosa, parte com malícia
em coisas mais proibidas
em descobertas únicas,
lá naquele espaço só nosso
A razão, constrangida, afirma ter sido uma loucura
uma coisa qualquer
E que
Loucuras não constróem castelos.

Já atordoada a razão se encolhe
antes mesmo de dar tempo à saudade pensar
a saudade choraminga as loucuras, os colos, os beijos e momentos
mas sem resposta
sem desejo
sem mudar de ser quem é
saudade

E ficam as duas lá
sem argumentos
fechadas
abaladas confusas
apelando pela indiferença

E a indiferença não vem.

sábado, 17 de julho de 2010

“..Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram. Desprenda-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo, o que passou, passou! Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Pratique o Desapego!..”


                            
               -  Fernando Pessoa

Que assim seja... Nova vida, nova etapa, novas pessoas... 

Nas fotos.. eu e a Dona Patrícia Mimo Charminho Rigui ♥ !

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Houve uma grande tempestade, em seguida um terrível furacão. A tempestade não foi nada ligeira, ficou por um tempo, inundou parte de tudo que havia, seus raios claros queimaram parte de muitas coisas, deixando onde tocado por ele, apenas cinza, pó! Mas, aterrorizante mesmo foi o turbilhão, este acabou com tudo, foi rápido, mas tão forte que deixou, onde existia tudo, um grande vazio, a ausência de coisa qualquer. Seus ventos percorreram toda parte, toda fresta, sendo ela preenchida ou vaga, ele veio despercebido, fez surpresa e acabou com toda beleza, toda existência... ele tragou, devorou tudo de colorido, tudo de vivo, tudo de claro... onde esteve não sobrou nada, virou um Saara, um deserto... O tudo virou desértico!
Depois de sua passagem, o necessário era esperar, o tempo é capaz de ajudar a enxergar melhor as coisas, mesmo que não houvesse sobrado nada, o tempo fez a poeira ir baixando e, com isso, os primeiros raios de sol chegando, clareando àquela superfície novamente virgem, novamente sem nada... onde um dia havia tido tudo... tudo para ela ser eternamente bela, agora era um mar de vazio. E acredite: um mar de absolutamente nada é amedrontador.
Mas de terras distantes vieram os re-descobridores, vendo aquela terra tão boa, tão cheia de oportunidades, prontamente estavam a ajudá-la reconstruir tudo de vida que ali outrora existira. Começaram arrumando a terra, alisando o solo e planando todos os morros, todos os cortes feitos na terra pelo grande furacão... Não posso dizer maldito, tampouco bendito furacão, aquilo era para ter acontecido, por mais triste que tenha sido, talvez a nova vida naquele lugar, estava destinada a ser mais bela que antes fora, agora era a hora de planejar melhor, fazer estruturas mais firmes, plantar arvores mais enraizadas, e flores mais resistentes... ajudar a natureza colocar mais firmeza em suas cachoeiras e fazer porões de emergências mais reforçados.... afinal, nunca se sabe qndo, o, nem maldito e nem bendito, apenas furacão, pudesse retornar.
Começaram as primeiras estruturas (auto-estima), as primeiras sementes (esperança) e assim as primeiras borboletas (liberdade)... sabiam que demorariam muito para aquele lugar voltar a ser o mesmo, ou melhor, mas estavam ali, dia-a-dia, fazendo sua parte, acariciando aquela terra, antes viva, depois machucada, agora cicatrizando...